terça-feira, 6 de novembro de 2007

Ação de hackers gera novos protestos contra game "Manhunt 2"

SAN FRANCISCO (Reuters) - Grupos de famílias reforçaram os protestos contra o game "Manhunt 2", após hackers conseguirem acesso a cenas de assassinatos sangrentos que foram modificadas para que o jogo pudesse ser vendido nos Estados Unidos.
A ação dos hackers envolve uma modificação no console PlayStation Portable, da Sony, para executar uma versão alterada do game, o que resultou em pedidos por uma classificação mais restritiva do jogo.
A Entertainment Software Ratings Board, grupo norte-americano que monitora o conteúdo de games, defendeu na sexta-feira a decisão de classificar "Manhunt 2" como "Mature" (adulto), ou seja, liberado para jogadores com 17 anos ou mais.
"A classificação de 'Manhunt 2' não deixa dúvida de que o jogo é para o público adulto. A modificação não autorizada do código do jogo não muda esse fato", afirmou a presidente do grupo, Patricia Vance, em comunicado.
O grupo havia classificado o jogo como "Adults Only" (somente adultos) em junho, uma sentença de morte para o jogo, já que as fabricantes de hardware Sony, Microsoft e Nintendo não trabalham com esse tipo de conteúdo.
Uma versão modificada do jogo com cenas editadas ou distorcidas obteve a classificação "Mature" em agosto, e o game teve as versões para o Wii da Nintendo, PSP e PlayStation 2 lançadas na quarta-feira.
Quase imediatamente os hackers modificaram a versão do PSP para remover os efeitos de distorção.
O jogo é produzido pela Take-Two Interactive Software, que já esteve envolvida em escândalos há dois anos após hackers encontrarem cenas de sexo ocultas no jogo "Grand Theft Auto: San Andreas", levando à retirada do jogo das prateleiras até que as cenas fossem removidas.
O presidente do conselho da Take-Two, Strauss Zelnick, afirmou em comunicado que a empresa tentou garantir que seus jogos fossem vendidos para o público adequado.
"Eu alerto aos consumidores para respeitar o que foi estabelecido e desfrutar de nossos jogos como foi indicado, sem modificar o baixar ilegalmente cópias modificadas", afirmou o executivo.

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